Economia

Salário mínimo no Japão poderá alcançar ¥1.500 até meados de 2030, afirma Kishida

Objetivo de Kishida é a implementação do 'Novo Capitalismo' na política econômica

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Tóquio, Japão — Nesta quinta-feira (31), o Primeiro-Ministro do Japão, Fumio Kishida, lançou uma ambiciosa iniciativa visando um aumento substancial no salário mínimo médio do país, conforme reportado pela agência Reuters e pela emissora NHK.

A estratégia governamental pretende central elevar o salário mínimo médio para ¥1.500 (equivalente a aproximadamente US$10,29) por hora até meados da década de 2030. Esse patamar representaria um impressionante aumento de quase 50% em relação aos níveis atuais. Atualmente estabelecido em ¥1.004, o novo valor entrará em vigor a partir de outubro deste ano.

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A motivação para essa iniciativa deriva da crescente pressão causada pelos custos de vida em alta, que impactam as famílias japonesas. Combinado com índices de aprovação relativamente baixos, o governo sob a liderança de Kishida intensificou esforços para instigar as empresas a aumentarem os salários dos trabalhadores.

O desenvolvimento salarial é igualmente vital no contexto das ações do Banco do Japão. Kazuo Ueda, Presidente do Banco, destacou a determinação de manter as taxas de juros em um nível excepcionalmente baixo até que um crescimento salarial robusto e sustentável acompanhe o aumento da inflação.

Uma característica fundamental do plano de Kishida, intitulado de “novo capitalismo”, é a priorização do aumento salarial para fomentar uma distribuição de renda mais justa. Para atingir esse objetivo, Kishida planeja colaborar de perto com os setores econômico e trabalhista, compartilhando diretrizes claras.

Além da ampliação salarial, o governo também está empenhado em reformas no mercado de trabalho. Isso inclui o suporte ao processo de “reskilling” (requalificação profissional) dos trabalhadores, visando gerar um aumento salarial sustentável no longo prazo.

O Japão, onde os salários mínimos são estabelecidos pelo governo e as negociações salariais entre empresas e sindicatos são diretas, agora se lança em uma jornada para remodelar seu panorama salarial e promover uma distribuição mais equitativa da riqueza. O sucesso desse empreendimento pode ter implicações significativas para a economia japonesa e para o bem-estar das famílias em todo o país.

Foto: Reprodução

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