Tóquio, Japão — Um painel do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão está atualmente em deliberação para implementar um aumento histórico no salário mínimo, devido ao cenário inflacionário, segundo informações da emissora NHK e fontes ligadas ao governo.
A proposta em análise prevê um aumento de ¥41 ienes na média nacional do salário por hora, o que elevaria o salário mínimo médio nacional para ¥1.002 por hora. Caso a decisão seja aprovada, esta será a primeira vez que o valor ultrapassará a marca dos ¥1.000.
Atualmente, o salário mínimo, que determina o valor mínimo que as empresas devem pagar aos seus funcionários, é estabelecido por região e a média nacional se encontra em ¥961 por hora.
A reunião do painel do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, que teve início às 10h desta sexta-feira (28), marca o momento decisivo das discussões sobre o aumento do salário mínimo deste ano. O conselho, com base na análise da inflação, está considerando o acréscimo de ¥41 na média nacional do salário mínimo.
Após a conclusão da decisão, o painel planeja elaborar um relatório detalhando os dados que embasam o aumento proposto.
O Ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, Katsunobu Kato, destacou a importância de elevar o salário mínimo em uma conferência de imprensa após uma reunião de gabinete. Ele ressaltou: “O objetivo deste ano é alcançar uma média nacional de ¥1.000.Para manter e expandir o movimento de aumento salarial e estendê-lo aos trabalhadores não regulares e às pequenas e médias empresas, é essencial aumentar o salário mínimo. É crucial que o salário real continue aumentando”.
O salário mínimo no Japão é reajustado anualmente em outubro. No ano passado, o valor médio nacional registrou um aumento de 3,33%, passando de ¥930 para ¥961 por hora.
Vale ressaltar que cada província possui um salário mínimo (saitei chingin / 最低賃金) diferente, considerando o custo de vida e outros fatores. É importante ressaltar que nenhum empregador pode pagar aos funcionários menos do que os valores definidos em cada localidade.
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Fonte: Alternativa, AC