Economia

Produção em fábricas no Japão tem queda inesperada

Desaceleração global ofusca recuperação da economia japonesa no início do segundo trimestre

Produção em fábricas no Japão tem queda inesperada
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Tóquio, Japão — O setor industrial japonês sofreu um golpe inesperado com uma queda na produção pela primeira vez em três meses, registrada em abril. Esse decréscimo marca um início fraco para o segundo trimestre do país, apontando para as repercussões de uma desaceleração global.

Nesta quarta-feira (31), o Ministério da Indústria divulgou dados que mostram uma queda de 0,4% na produção industrial em relação ao mês anterior, contradizendo previsões anteriores de economistas, que esperavam um aumento de 1,4%.

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Acredita-se que a queda na produção seja um reflexo da desaceleração global, que parece estar ofuscando os efeitos positivos advindos de melhorias nas cadeias de fornecimento.

“A produção de máquinas, componentes eletrônicos e dispositivos foi muito abaixo do esperado, evidenciando uma queda na demanda global, especialmente nos EUA e na Europa”, disse Kota Zuzuki, economista na Daiwa Securities.

Essa diminuição na produção doméstica poderia representar um obstáculo para a economia japonesa, que recentemente apresentou sinais de recuperação.

Adicionalmente, o Ministério da Indústria divulgou que as vendas no varejo também caíram pela primeira vez em cinco meses, contrastando com dados anteriores que sugeriam uma tendência positiva de consumo.

A desaceleração global, juntamente com outros riscos emergentes, lança uma sombra de incerteza sobre a economia japonesa.

As condições econômicas nos EUA e a situação financeira global continuam a causar preocupação. Além disso, a economia chinesa, que também tem demonstrado sinais de enfraquecimento, impacta as exportações japonesas, que estão em queda há cinco meses.

A China, um dos principais parceiros comerciais do Japão, parece estar perdendo impulso em sua recuperação após um surto inicial de atividades de consumo e negócios no início do ano. Esses fatores combinados podem representar desafios significativos para a economia japonesa em breve.

Foto: Freepik/Usertrmk

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