Tóquio, Japão – Informações recentes do Gabinete do Governo Japonês mostram que as principais encomendas de maquinário do país caíram em março, marcando a segunda queda mensal consecutiva. Essa tendência reflete o crescente cuidado das empresas com os gastos de capital, diante de incertezas geradas pela desaceleração da economia global.
Após sair da recessão no primeiro trimestre deste ano, impulsionada pela retomada do consumo pós-COVID, a economia japonesa agora enfrenta dúvidas sobre a continuidade de sua recuperação. A análise das encomendas de maquinário, um indicador conhecido por sua alta volatilidade, mas considerado um termômetro para os gastos de capital nos próximos seis a nove meses, mostra uma redução de 3,9% em março, em comparação com o mês anterior.
Esta queda está bem abaixo da previsão mediana estabelecida pelos economistas, que anteciparam um crescimento de 0,7% segundo uma pesquisa da Reuters. Os pedidos principais, que excluem serviços de transporte e eletricidade, caíram 3,5% em relação ao período homólogo, um contraste marcante com o ganho de 1,4% previsto.
Apesar deste cenário de queda, as expectativas para o segundo trimestre são otimistas, com os fabricantes consultados pelo governo esperando que os pedidos principais cresçam 4,6% de abril a junho, após terem registrado um aumento de 2,6% no trimestre anterior.
Enquanto isso, o governo japonês mantém sua posição sobre a situação das encomendas de maquinário, declarando que elas continuam “paralisadas”.
Foto: Freepik
