Tóquio, Japão — Em um esforço significativo para dar um novo fôlego à economia em estagnação do país, o gabinete ministerial do Japão ratificou na última sexta-feira (16) uma “estratégia fundamental”. Essa estratégia delineia uma série de reformas abrangentes destinadas a modificar radicalmente o cenário de trabalho atual, segundo relatos do Sankei, um dos maiores jornais do país.
As reformas planejadas prometem desestabilizar o paradigma de trabalho convencional, que por muito tempo encorajou a permanência prolongada em uma única empresa. É esperado que tais mudanças tenham um impacto direto e tangível na vida cotidiana dos cidadãos japoneses.
A revisão do mercado de trabalho, que tem sido o cerne das discussões, pretende principal erradicar práticas arraigadas que limitam a mobilidade da força de trabalho para setores emergentes. Tais práticas, como o emprego vitalício e promoções baseadas na longevidade do emprego, parecem ter se tornado obstáculos que causam estagnação salarial.
Essa “estratégia fundamental” prioriza um reforço acentuado no “investimento em capital humano”, encorajando a reciclagem profissional. A expectativa é que isso impulsione uma competição mais acirrada por talentos entre as empresas, resultando em um crescimento sustentável dos salários.
Outra medida importante propõe o aumento do salário mínimo nacional da atual marca de ¥961 por hora para ¥1.000 ou mais, visando incluir trabalhadores temporários na tendência de crescimento salarial.
No âmbito da inclusão de gênero, o plano do Japão é aumentar a representação feminina em cargos executivos para 30% ou mais até 2030, rompendo com uma história de discriminação contra as mulheres no que diz respeito a oportunidades de promoção.
Em um movimento progressista para incentivar a coparentalidade, o governo japonês também está buscando promover a licença-paternidade e melhorar as condições para que ambos os pais possam participar ativamente na criação dos filhos.
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