Tóquio, Japão– O Teikoku Databank reportou que 2.067 produtos alimentícios estão prestes a sofrer aumentos de preço no próximo mês de setembro no Japão, mostrando uma queda em relação aos 2.920 itens que passaram por esse processo no mesmo período de 2022.
Marcando a primeira vez desde 2022, o número de produtos alimentícios com elevação nos preços apresentou uma redução por dois meses consecutivos quando comparado ao ano anterior.
Itens que abrangem carnes, manteiga e outras mercadorias ricas em gordura, responsáveis por cerca de metade dos aumentos de preço em 2022, viram seus reajustes adiados. Enquanto isso, condimentos e sorvetes experimentaram novos acréscimos nos preços.
Com projeções para o ano completo de 2023, já são contabilizados pelo menos 31.036 itens que foram ou estão programados para serem submetidos a aumentos de preço, ultrapassando os 25.768 itens do ano anterior.
Entretanto, uma tendência de declínio nos aumentos é esperada nos próximos meses. Isso pode ser atribuído à habilidade das empresas de repassar os custos mais altos das matérias-primas aos consumidores, bem como a uma desaceleração no ímpeto de aumentar os preços.
No desdobramento das categorias, os “condimentos” lideraram o número de itens com aumento de preço, totalizando 1.257, seguidos pelos “produtos processados” com 490, e os “doces” com 206.
O impacto do aumento nos preços das matérias-primas, como farinha de trigo importada, leite, açúcar bruto e grãos de cacau, foi especialmente evidente, tendo repercussões significativas, sobretudo nos produtos doces.
Um fenômeno de “fadiga diante dos aumentos de preço” está se consolidando entre os consumidores, refletido pelo decréscimo no número de produtos adquiridos por pessoa, e por uma preferência por produtos de menor custo.
Embora o impulso para futuros aumentos pareça estar em declínio, é previsto que os preços dos alimentos permaneçam elevados, influenciados pelos custos de transporte e embalagem, os quais têm sido afetados pelo aumento nos preços do petróleo e da gasolina.
Adicionalmente, a depreciação do iene em relação ao dólar também pode contribuir para os aumentos nos preços de produtos importados.
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