O Japão está enfrentando uma possível crise na distribuição de cargas em todo o país devido à falta de motoristas de caminhão. De acordo com o jornal Asahi, a revisão das regras sobre horas extras para esses profissionais é a principal causa da escassez.
Um levantamento feito pelo Nomura Research Institute em 19 de janeiro revelou que até 35% das cargas no Japão não serão entregues até 2030. As regiões mais afetadas serão Tohoku, Shikoku e outras áreas nordeste do país, devido ao que está sendo chamado de “questão 2024”.
A partir do próximo ano fiscal, que inicia em abril de 2024, o governo japonês imporá regulamentos que limitarão as horas extras dos motoristas de caminhão, o que pode causar uma crise grave no setor. De acordo com as projeções, Tohoku terá a maior taxa de cargas não entregues, com 41%, seguida por Shikoku com 40% e Hokkaido e Kyushu com 39%.
O envelhecimento da população e a queda nas taxas de natalidade, especialmente em zonas rurais, também estão afetando a disponibilidade de motoristas de caminhão. No entanto, um painel de especialistas do Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo está trabalhando em um plano para lidar com a questão.
O plano inclui tornar obrigatório para remetentes, destinatários e agências de entrega desenvolverem estratégias para reduzir o tempo de espera dos motoristas após sua chegada aos armazéns e destinos. Além disso, as agências de entrega também serão obrigadas a esclarecer os detalhes dos contratos antes da remessa para evitar rodadas repetidas de subcontratação.
A crise na distribuição de cargas no Japão é um problema sério que precisa ser resolvido para garantir a continuidade do transporte de mercadorias no país. O governo e as partes envolvidas estão trabalhando juntos para encontrar uma solução e evitar a paralisação do setor.
