Tóquio, Japão — Na quinta-feira (21), a Bolsa de Valores de Tóquio alcançou um novo marco histórico, com o índice Nikkei registrando um fechamento em alta.
Esse impulso foi motivado pelo otimismo em relação à economia dos Estados Unidos, após o Federal Reserve indicar três cortes nas taxas de juros para o ano em curso.
O índice Nikkei 225, que acompanha a média de ações, encerrou o dia com um aumento de 812,06 pontos, equivalente a 2,03% em relação à sessão anterior, atingindo o patamar de 40.815,66. Durante o pregão, chegou a atingir brevemente um recorde intradiário de 40.823,32.
O índice mais amplo, Topix, também registrou um avanço significativo, fechando com um aumento de 45,24 pontos, ou 1,64%, chegando a 2.796,21, seu nível mais alto desde janeiro de 1990.
É importante ressaltar que não houve operações no mercado financeiro japonês na quarta-feira, devido ao feriado nacional do Equinócio de Primavera.
Os ganhos observados no mercado Prime foram impulsionados por setores como papel e celulose, comércio atacadista e questões bancárias.
Quanto à movimentação das moedas, o dólar norte-americano inicialmente recuou para a faixa inferior de 150 ienes devido a intervenções das autoridades japonesas para conter a queda.
No entanto, posteriormente, voltou a subir acima desse patamar, atingindo 151,22-24 ienes no final da tarde. O euro foi cotado a US$1,0928-0929 e 165,26-30 ienes.
Esses movimentos nos mercados foram influenciados pela decisão do Federal Reserve de manter sua previsão de três cortes nas taxas de juros nos EUA este ano, mesmo diante de sinais recentes de crescimento na economia americana.
Para Shingo Ide, estrategista-chefe de ações do Instituto de Pesquisas NLI, “Os investidores se sentiram seguros com a indicação do Fed de uma ligeira flexibilização monetária, pois havia preocupações de que o banco poderia reduzir seus cortes nas taxas de três para dois.”
Os analistas observaram que o índice de referência ampliou seus ganhos à tarde, com a desvalorização do iene em relação ao dólar, o que beneficiou as empresas orientadas para a exportação, já que um iene mais fraco aumenta seus lucros no exterior quando convertidos de volta para a moeda local.
Foto: Reprodução/NHK