Economia

Japão reduz a previsão econômica para fevereiro com baixa produção e consumo

O governo adotou uma postura cautelosa em resposta aos escândalos recentes na indústria automotiva.

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Tóquio, Japão — O governo japonês revisou suas projeções econômicas nesta quarta-feira, em meio a sinais de desafios contínuos para a economia do país. Segundo a agência de notícias Kyodo News, as revisões foram motivadas pela desaceleração do consumo privado e da produção industrial.

Após entrar em recessão no final do ano passado, o Japão enfrenta uma queda na avaliação do consumo privado pela primeira vez em dois anos.

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Esta desaceleração reflete as dificuldades enfrentadas pelos consumidores, que têm enfrentado aumentos constantes nos preços dos produtos nos últimos anos. Além disso, o clima mais quente tem limitado a demanda por itens sazonais, como roupas de inverno.

O governo adotou uma postura cautelosa em relação à produção industrial, especialmente após os recentes escândalos envolvendo testes de segurança em empresas como a Daihatsu Motor Co., parte do grupo Toyota Motor Corp.

“A economia japonesa está se recuperando em um ritmo moderado, embora recentemente pareça fazer uma pausa”, descreveu o governo em seu relatório econômico mensal.

No entanto, a situação é complexa. Embora a inflação no Japão tenha diminuído nos últimos meses, os salários ainda não acompanham o ritmo necessário para impulsionar o consumo e a economia como um todo.

Outro fator de preocupação é a recente queda do Japão para a quarta posição como a maior economia do mundo em termos nominais, sendo ultrapassado pela Alemanha em 2023. Esta mudança reflete os desafios econômicos persistentes enfrentados pelo país.

Além dos desafios internos, o relatório econômico do governo japonês também aponta para riscos externos, incluindo os impactos dos aumentos agressivos das taxas de juros no exterior, o abrandamento da economia chinesa e os conflitos no Oriente Médio.

No entanto, há esperança de uma virada. O governo japonês espera que o Banco do Japão encerre sua política de taxas de juro negativas na primavera, o que poderia estimular o crescimento econômico, especialmente se acompanhado por aumentos salariais para os trabalhadores.

Enquanto isso, o Japão observa a economia dos Estados Unidos, a maior do mundo, que está “em expansão”, segundo o relatório.

Esta é a primeira vez desde junho de 2006 que tal termo é utilizado para descrever a economia americana. Além disso, a economia mundial é vista como se recuperando pelo décimo mês consecutivo, apesar das preocupações com a fraqueza em algumas regiões.

Em resumo, enquanto o Japão enfrenta desafios econômicos significativos, há uma esperança cautelosa de que medidas internas e fatores externos impulsionem a recuperação econômica nos próximos meses.

Foto: PhotoAC

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