Ishikawa, Japão — Uma análise realizada pelo governo de Ishikawa revelou que 91 em cada 100 mortes ocorridas durante o terremoto devastador que atingiu a península de Noto em 1º de janeiro foi resultado do desabamento de edifícios, conforme apontado em uma lista divulgada pelas autoridades, informou o Yomiuri.
Desde a última segunda-feira (15), o governo tem liberado, com a autorização das famílias, os nomes das vítimas fatais, bem como os detalhes das circunstâncias de cada morte.
No sábado (20), foram anunciados os nomes de mais 10 vítimas, elevando o total de mortes decorrentes de desabamentos de edifícios para 103.
As idades das vítimas variam entre 3 e 97 anos, sendo que 61 delas tinham mais de 70 anos, representando aproximadamente 60% do total. Além disso, 52 eram do sexo masculino e 51 do sexo feminino.
Das 91 vítimas que perderam a vida devido ao desabamento de edifícios, oito faleceram em deslizamentos de terra, e uma pessoa perdeu a vida em decorrência de um tsunami.
Na cidade de Wajima, todas as 37 vítimas perderam a vida devido ao desabamento de edifícios, enquanto em Suzu, 40 das 41 vítimas faleceram em razão do colapso das construções, e uma devido ao tsunami.
O professor Akiyoshi Nishimura, da Universidade de Tokushima, especialista em investigar as causas das mortes no Grande Terremoto de Hanshin, comentou que, durante o poderoso tremor na área da cidade de Kobe, 53,9% das mortes foram causadas por asfixia decorrente do colapso de edifícios, e 12,5% ocorreram devido a esmagamento.
No caso do terremoto na Península de Noto, a maioria das vítimas também ficou presa sob edifícios desabados, suspeitando-se que muitas tenham perdido a vida por asfixia e causas semelhantes, de forma análoga ao Grande Terremoto de Hanshin.
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