Economia

Keidanren propõe aumento do imposto sobre consumo, diz jornal

O imposto sobre consumo no Japão, atualmente em 10%, foi aumentado em 2019 sob o governo de Shinzo Abe

Keidanren propõe aumento do imposto sobre consumo, diz jornal
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Tóquio, Japão — Em uma declaração recente, a Federação das Indústrias do Japão, conhecida como Keidanren, expressou seu desejo de que o governo japonês aumente a taxa do imposto sobre consumo (消費税, shohizei) como parte dos esforços para financiar medidas de seguridade social. A notícia foi divulgada pelo jornal Nikkei.

O presidente da Keidanren, Masakazu Tokura, destacou que o imposto sobre consumo deve ser considerado parte fundamental da discussão em torno do financiamento das iniciativas governamentais para combater a queda na taxa de natalidade no Japão.

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Atualmente, o imposto sobre consumo no Japão está fixado em 10%, após um aumento em 2019 durante o mandato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe.

Tokura também enfatizou a necessidade de distribuir o ônus de financiar a seguridade social de forma mais ampla na sociedade, argumentando que “se todos os aumentos salariais fossem direcionados para a segurança social, as pessoas não perceberiam os benefícios dos aumentos salariais”.

O governo do primeiro-ministro Fumio Kishida destacou o combate à queda na taxa de natalidade como uma de suas principais prioridades. No entanto, a proposta da Keidanren de aumentar o imposto sobre consumo pode gerar controvérsias no governo.

A Keidanren planeja sugerir não apenas aumentos nos benefícios de seguridade social, mas também a exploração de novas fontes de financiamento com base em uma combinação de diversas receitas fiscais, incluindo o imposto sobre consumo.

Tokura declarou: “O imposto sobre consumo deveria, originalmente, ser destinado a cobrir os quatro pilares da seguridade social – pensões, cuidados médicos, cuidados de longo prazo e apoio às crianças e à criação dos filhos… Devemos realizar um debate robusto sobre o aumento do imposto sobre consumo a médio e longo prazo”.

O líder da Keidanren também enfatizou a importância de as empresas aumentarem os salários para compensar a inflação até aproximadamente 2030.

Segundo seus cálculos, a renda familiar média em 2019 era de 3,74 milhões de ienes (US$ 27.000), mas ele argumenta que deveria ser elevada para pelo menos 5,05 milhões de ienes, o nível observado em 1994.

Na primavera passada, as empresas japonesas aumentaram os salários em média 3,69%, segundo a Confederação Sindical Japonesa.

Além da questão do imposto sobre consumo, a Federação das Indústrias também instou o governo a criar incentivos fiscais destinados a promover a produção nacional de baterias, semicondutores de baixo consumo de energia e outros produtos estrategicamente importantes para a chamada transformação verde e a segurança econômica do país.

Foto: Freepik

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