Tóquio, Japão – Na próxima quarta-feira, dia 13, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, planeja realizar uma reformulação significativa em sua equipe ministerial e nos executivos do Partido Liberal Democrático (PLD), conforme informado pela agência Kyodo News.
Esta ação está programada para ocorrer após a volta de Kishida ao Japão na segunda-feira, dia 11, procedente da Índia, onde participou de uma reunião do G-20. O líder político pretende considerar as opiniões e feedback dos líderes das diferentes facções dentro do seu partido na hora de tomar decisões sobre as mudanças.
Fontes próximas ao PLD indicaram que Kishida tem a intenção de manter em suas posições duas figuras-chave: Taro Aso, atual vice-presidente do partido, e Toshimitsu Motegi, o secretário-geral em exercício. Ambos desempenharam papéis cruciais no apoio à administração desde que Kishida assumiu o cargo de primeiro-ministro.
Embora Motegi, que lidera a terceira maior facção do PLD, seja frequentemente considerado um potencial adversário de Kishida na próxima corrida presidencial do partido, ele reiterou em uma coletiva de imprensa recente o seu compromisso em apoiar a administração de Kishida em seu papel atual como secretário-geral.
Outros membros da equipe ministerial que devem permanecer em seus cargos incluem Hirokazu Matsuno, secretário-chefe de gabinete, e Koichi Hagiuda, presidente do Conselho de Pesquisa de Políticas do PLD.
Há também especulações de que Kishida poderá nomear Koichi Hagiuda e Yasutoshi Nishimura, ministro da Indústria, para cargos-chave no Gabinete ou no partido, de acordo com fontes internas.
Ambos fazem parte do maior grupo intrapartidário, liderado anteriormente pelo ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, falecido em 2022, enquanto Taro Aso lidera o segundo maior grupo.
O governo de Kishida tem enfrentado desafios significativos, incluindo a queda de sua popularidade. Um dos fatores contribuintes foi o escândalo envolvendo o cartão de identificação My Number, que resultou em erros relacionados a dados fiscais e de segurança social de milhares de pessoas.
Na quinta-feira, Akimoto Masatoshi, ex-membro do PLD, foi preso sob suspeita de aceitar suborno, o que levou a uma grande decepção expressa por Kishida em relação ao colega.
O premiê declarou: “Estou muito desapontado que um legislador tenha sido preso. Acredito que, como legisladores, devemos concentrar-nos no trabalho que temos em mãos com um sentido de vigilância”, conforme relatado pela Reuters.
Segundo o jornal Asahi, Akimoto negou as acusações durante um interrogatório com os investigadores. Além disso, uma pesquisa realizada pelo jornal Yomiuri no final de agosto revelou que 35% dos entrevistados aprovavam a liderança de Kishida, enquanto 50% a desaprovavam.
A pesquisa também indicou que 56% dos entrevistados acreditavam que Kishida deveria renovar seu gabinete e fazer mudanças nos altos executivos do partido no poder.
Foto: Reprodução