Tóquio, Japão — O apoio público ao gabinete do primeiro-ministro japonês Fumio Kishida enfrentou uma significativa queda de quase 20 pontos percentuais, atingindo apenas 28%, de acordo com uma recente pesquisa realizada pelo jornal Mainichi no domingo (23).
Apesar de um breve período de recuperação, impulsionado pelo degelo nas relações com a Coreia do Sul e uma visita à Ucrânia em março, o líder, que assumiu o cargo em outubro de 2021, viu sua aprovação despencar novamente no último mês.
O apoio do gabinete caiu abruptamente 17 pontos percentuais desde a sediação da cúpula dos líderes do G7 em Hiroshima, em maio, chegando ao patamar mais baixo, abaixo de 30%, pela primeira vez desde fevereiro, conforme informou o jornal.
Dentre os principais fatores que prejudicam o apoio, destacam-se os problemas técnicos enfrentados pelo sistema nacional de carteira de identidade My Number, conforme revelou o jornal.
A insatisfação pública com o gabinete também cresceu consideravelmente, com o número de pessoas que desaprovam a gestão do primeiro-ministro subindo de 58% no mês passado para 65%, segundo o levantamento realizado neste final de semana.
Diante desse cenário desafiador, Kishida afirmou no mês passado que, por enquanto, descartava a possibilidade de convocar uma eleição antecipada. Contudo, especulações ainda circulam sobre a possibilidade de uma eleição ainda neste ano, ou até mesmo antes da disputa pela liderança do partido no próximo ano.
Além disso, relatos de alguns meios de comunicação apontam que Kishida estaria considerando uma remodelação do gabinete para o mês de setembro, em uma tentativa de reverter a tendência de queda nas pesquisas de aprovação.
A situação delicada do líder japonês levanta questionamentos sobre o futuro do seu governo e as medidas que serão adotadas para contornar a desconfiança crescente por parte do público. O Japão segue atento aos desdobramentos políticos e aguarda por possíveis mudanças que influenciem o rumo do país nos próximos meses.
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