Tóquio, Japão — Em um movimento preventivo, o governo japonês solicitou, na sexta-feira (9), que as residências e indústrias de Tóquio diminuam o consumo de energia nos meses de julho e agosto. O pedido tem em vista garantir a estabilidade do fornecimento de energia durante o período de maior demanda, comum no auge da temporada de verão.
O cenário energético japonês prevê uma situação menos crítica neste verão em comparação ao período homólogo, segundo informações do Ministério da Indústria em maio. No verão passado, o governo fez um apelo semelhante à população do país como um todo.
No entanto, o ministério optou por solicitar uma economia “dentro de uma faixa razoável” neste verão nas áreas abastecidas pela Tokyo Electric Power Company Holdings. Essa decisão se deu devido à estimativa de uma taxa de reserva de energia abaixo de 5%, muito próxima do mínimo de 3% que garante um abastecimento contínuo.
Em um cenário de onda de calor, que ocorre aproximadamente uma vez a cada dez anos, a região de Tóquio espera uma taxa de capacidade de reserva de 3,1% para julho e 4,8% para agosto. Em outras localidades, essa taxa se mantém acima dos 5% em ambos os meses, conforme relatórios do ministério.
Uma taxa de reserva abaixo de 3% pode resultar em riscos de interrupção do fornecimento de energia e apagões. No ano passado, durante uma semana de junho, o leste do Japão enfrentou as temperaturas mais elevadas desde o início dos registros, o que levou o governo a solicitar a redução máxima do uso de energia.
Embora nenhuma medida especial tenha sido implementada para o mês de junho, o Ministério da Economia, Comércio e Indústria está acompanhando as operações dos geradores de energia e a demanda elétrica durante o período.
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