Tóquio, Japão — O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, expressou sua visão progressista para o setor corporativo do país, determinando um novo objetivo de assegurar que pelo menos 30% dos postos executivos nas grandes corporações sejam ocupados por mulheres até 2030, de acordo com um documento preliminar divulgado na segunda-feira (5).
Essa meta progressista se aplica particularmente às empresas de alta estatura listadas no mercado Prime da Bolsa de Valores de Tóquio (TSE). Espera-se que a administração de Kishida formalize esta proposta revolucionária ainda este mês.
A iniciativa é uma resposta direta a críticas recentes sobre a falta de diversidade na governança corporativa no Japão. No passado, Kishida destacou a necessidade de abordagens mais audaciosas para avançar mulheres em posições de liderança.
Os dados até julho de 2022 mostraram que 18,7% das empresas listadas no mercado Prime da TSE não contavam com mulheres em seus cargos executivos. De forma ainda mais alarmante, apenas 2,2% das empresas da TSE tinham mulheres ocupando mais de 30% dessas posições.
Essa meta ambiciosa é vista como um motor essencial para “estimular o desenvolvimento de carreira entre as mulheres” e para “aumentar a diversidade e a vitalidade na tomada de decisões socioeconômicas”, conforme indicado no documento do comitê sobre inclusão de gênero.
Para auxiliar na consecução deste objetivo, o governo solicitará que cada empresa nomeie pelo menos uma mulher para um cargo executivo até 2025.
Além disso, as empresas listadas no mercado Prime do TSE serão incentivadas a desenvolver planos de ação eficazes para atingir esses objetivos ambiciosos. As metas numéricas serão integradas às novas regras de listagem da TSE que serão finalizadas ainda este ano.
Foto: Freepik