Shunsaku Sagami, fundador e CEO da M&A Research Institute Holdings, se tornou o mais novo bilionário do Japão. A corretora de Sagami usa inteligência artificial (IA) para encontrar potenciais compradores para empresas que são lucrativas, mas cujos donos não encontram sucessores.
A empresa de Sagami fecha negócios rapidamente, com uma média de pouco mais de seis meses para concluir uma transação, enquanto o tempo levado pelo setor normalmente chega a um ano.
No último trimestre de dezembro de 2022, a M&A fechou 33 transações e tinha 426 em andamento, segundo o último relatório de resultados. A empresa de Sagami visa negócios de tamanho modesto e já vendeu uma empresa de Tecnologia da Informação sem sucessor, com 200 milhões de ienes (de receita), para uma rival em busca de expansão.
O mercado de fusões e aquisições está em alta no Japão, atingindo o recorde de 4.304 transações desse tipo em 2022, segundo dados da Recof, empresa especializada que acompanha o mercado.
Sagami, que começou sua carreira em publicidade, fundou a Alpaca em 2015, uma empresa de mídia de moda que foi comprada pela agência de relações públicas Vector, listada em Tóquio, e renomeada como Smart Media. Sagami trabalhou na empresa e a ajudou a fazer novas aquisições.
Ao perceber ineficiências no processo de negociação, Sagami decidiu fundar a M&A Research Institute para ajudar a preservar Pequenas e Médias empresas no Japão, que representam a imensa maioria no país, sendo que cerca de dois terços delas não têm sucessores, de acordo com a Teikoku Databank, uma empresa de pesquisa financeira.
A M&A Research Institute usa IA para buscar potenciais compradores de empresas cujos proprietários desejam vendê-las e cobra uma taxa, que é paga apenas quando o negócio é fechado. Em junho do ano passado, Sagami abriu o capital da empresa na Bolsa de Valores, menos de quatro anos após a fundação.
No último trimestre de 2022, a M&A Research Institute registrou um lucro líquido de US$ 7,1 milhões sobre uma receita de US$ 15,7 milhões. O número de consultores de fusões e aquisições na empresa mais que dobrou para 90 no final de dezembro.
Foto: Forbes EUA