Três medicamentos anti-coronavírus prescritos no Japão, incluindo o molnupiravir, podem ser eficazes contra a subvariante Omicron BA.5, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (21)no New England Journal of Medicine.
Uma equipe liderada por Yoshihiro Kawaoka, professor de virologia da Universidade de Tóquio, descobriu que os medicamentos antivirais de pequenas moléculas nirmatrelvir, molnupiravir e remdesivir reduziram a atividade do vírus em células de macaco cultivadas infectadas com o altamente contagioso BA.5 e outras cepas.
Nirmatrelvir é um dos dois ingredientes ativos do Paxlovid, desenvolvido pela Pfizer Inc. Este e o molnupiravir, desenvolvido pela Merck & Co., são medicamentos orais. O remdesivir, desenvolvido pela Gilead Sciences Inc., é um medicamento intravenoso. Todos os três são empresas farmacêuticas dos EUA.
De acordo com publicação da Kyodo News, BA.5 está impulsionando um aumento nas infecções no Japão e em outras partes do mundo. Os casos diários de coronavírus do país ultrapassaram 150.000 na quarta-feira pela primeira vez.
O estudo, por outro lado, indicou que os medicamentos de anticorpos Ronapreve, que contém casirivimab e imdevimab, e Sotrovimab exibiram uma eficácia menor do que contra variantes anteriores do coronavírus.
O Japão ainda não tem seu primeiro medicamento oral doméstico para COVID-19. Na quarta-feira, o Ministério da Saúde atrasou a aprovação da pílula Xocova da Shionogi & Co. pela segunda vez, preocupado com a incapacidade de demonstrar sua eficácia em seus ensaios clínicos.
